Parte 05

os pessoas que negam ao Senhor Jesus

Pedro, o apóstolo, foi um dos que deixaram exemplos de como negamos a Jesus. Veja:

01. “FAÇAMOS TRÊS TENDAS”
MCapitulo 01
A VIDA PESSOAL DO LEVITA
O que Deus nos mostra como padrão de vida pessoal

TEXTO BASE: JUDAS


Temos da parte de Deus, na carta escrita por Judas, talvez o irmão de Jesus, um padrão que estabelece algumas características indispensáveis ao levita. Judas, até certo momento não cria em Jesus, assim nos diz João 7:5 “Pois até os seus irmão não criam nele” Se foi ele mesmo quem escreveu está pequena carta, começou reconhecendo algo de extrema importância, depois de uma transformação de vida: “ Judas, servo de Jesus Cristo...”

O SERVO

I Reis 18:36
“Quando chegou a hora da oferta de cereais, o profeta Elias aproximou-se e disse: Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje, que Tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que segundo a Tua Palavra fiz estas coisas. Responde-me Senhor, responde-me para que este povo conheça que Tu, Senhor, és Deus e que fizeste voltar seu coração.”

O profeta Elias declarava no culto ao Senhor, que era um servo. A manifestação de Deus estava vinculada ao fato de Ele ser de Deus, e de Elias ser verdadeiramente um servo. Queremos em nossos cultos uma manifestação abençoada do Espírito de Deus, queremos ver milagres, unção, fogo, poder... para tanto precisamos ser servos.
Logo depois desta oração de Elias o fogo de Deus desceu e queimou todo o holocausto.
Ser servo é a marca predominante do levita. O padrão de vida do levita é estabelecido pela marca do servo. Todos podem ver um servo, todos reconhecem um servo. Eu preciso ser um servo, mas para ser um servo preciso seguir alguns princípios de vida.
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O servo vai para a fornalha

Daniel 3:26
“Então se chegou Nabucodonozor à porta da fornalha de fogo ardente e disse: Sadraque, Mesaque, e Abede-nego, servos do Deus altíssimo, sai e vinde !...”

A fornalha é para nós o símbolo da renúncia total. Aqueles três homens temiam a Deus, queriam realmente ser instrumentos divinos naquele lugar, portanto não negaram ao Senhor e se submeteram à fornalha. A fornalha é o lugar onde Deus prova a nossa fé. É também o lugar onde o que não pertence ao Senhor é queimado. As cordas que envolviam os três homens foram queimadas, aqueles que os lançaram no fogo foram queimados...
Aquilo que é pecado, erros, vícios, manias, paradigmas, raciocínios e altivez, precisa ser queimado em nossa vida. Nossos próprios sonhos e projetos, nossos interesses pessoais, nosso tempo, nosso instrumento, nosso talento, tudo precisa passar pelo fogo. Nossos relacionamentos, nossos negócios e nossas atividades precisam passar pelo fogo.
Um servo vai para a fornalha, mas o que é a fornalha na nossa vida?
Deus vai permitir que coisas aconteçam na nossa vida para nos tratar. Lutas, provações, conseqüências de erros, tudo isto será utilizado pelo Senhor para nos “queimar”. Uma liderança sobre nós, uma necessidade de nos submetermos a alguém ou a uma disciplina e normas podem representar a fornalha na nossa vida, e esta fornalha servirá para nos purificar, nos adestrar, nos provar, e nos fazer testemunhar da obra de Deus.
Especificamente na vida do levita músico, algumas coisas precisam passar pelo fogo. O que for de Deus ficará, o que não for será queimado e extinguido para sempre:

01. O talento
02. Os sonhos
03. O tempo
04. A administração pessoal
05. O raciocínio e a altivez
06. O individualismo
07. O”‘espírito de músico”
08. O padrão mundado
09. O padrão atual evangélico


O servo vai para a cova dos leões

Daniel 6:20
“Chegando-se à cova chamou por Daniel com voz de angústia: Daniel, servo do Deus vivo...”

A cova dos leões é para nós uma prova de testemunho e vida. Daniel precisava orar três vezes ao dia. Isto não era apenas um ritual, mas uma necessidade de vida, algo que há muito tempo ele já fazia. Ele sabia que precisava das orientações de Deus para viver, por isso foi colocado como testemunho vivo da existência e do poder de Deus.
O verdadeiro levita passará por situações que serão como uma cova de leões. Mesmo sob a iminente possibilidade de morremos, de perdemos algo, testemunharemos do poder de Deus, e não abriremos mão do nosso relacionamento com o Pai. O servo enfrenta leões vivos e famintos para não abrir mão das coisas do Senhor. O levita genuíno é assim, não abre mão da vida de oração e se submete à prova dos leões, ao risco de morte ou perda de qualquer coisa. Em outras palavras, o levita tem uma escala de valores diferente. Sua própria vida não importa muito, mas o testemunho do Senhor é de extrema importância, a comunhão com o Pai em oração é algo inegociável, mesmo que tenha que ir para a morte, mesmo que tenha que perder muita coisa.

Especificamente na vida do levita músico algumas coisas são inegociáveis, e na escala de prioridade tem sempre o número 1.

01. Oração
02. Leitura da Bíblia
03. Jejum
04. Vida abençoada no lar
05. Comunhão com os irmãos
06. Compromisso com a igreja
07. Responsabilidade, disposição para com os cultos
08. Palavra
09. Pontualidade

Todos estes itens que aparecem na lição da fornalha e da cova estão constantemente diante de
Deus na vida do verdadeiro levita. Se não é assim com você, algo de errado está acontecendo.
O próximo passo então é nos dedicarmos em oração, pedindo ao Senhor que nos examine e nos ilumine, mostrando os erros e fortalecendo-nos para vencê-los.
Qual é a sua real intenção neste ministério? Se for de melhorar sua “carreira musical”, ganhar um lugar para se apresentar na igreja, ou se projetar e fazer um nome, você nunca estará colocando estes itens diante de Deus, pelo menos não será uma prioridade de vida. Mas se você verdadeiramente deseja ser um levita, um servo, um guerreiro, um instrumento nas mãos de Deus, não permita que nada o impeça de estar integralmente diante do Pai, para que todos estes itens estejam nas mãos Dele.


O BATALHADOR


No padrão ensinado por Judas para uma vida pessoal genuinamente bíblica, vemos uma Segunda característica no versículo 3: “Amados, enquanto eu empregava toda a diligência para vos escrever acerca da salvação que nos é comum, senti a necessidade de vos escrever, exortando-vos a batalhar pela fé, que de uma vez por todas foi entregue aos santos.”



Muitas vezes estamos levando nossa vida tão tranquilamente que acreditamos que Deus está nos abençoando muitíssimo. Isto é um grande engano. Quando realmente estamos bem, quando Deus está mesmo nos abençoando, estamos batalhando intensamente sem trégua.
Em toda a Bíblia vemos um padrão divino para o seu povo indicando batalha intensa. Jesus já disse: “Neste mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo...” “Perseguiram a mim, perseguirão a vós também...”
Se a vida e o ministério de Jesus foram de intensa luta, algo árduo, difícil de enfrentar, mesmo sabendo da vitória final certa, quanto mais nossa vida.
Muitas vezes nos alegramos pela aquisição de um bom equipamento, por algo que conseguimos, e isto é muito bom, mas precisamos nos atentar sempre para o fato de que nenhuma destas coisas podem nos desviar da atenção necessária para a guerra.
Judas estava disposto a falar em sua carta sobre as belezas da salvação, sobre coisas maravilhosas já conquistadas, mas Deus o levou a escrever sobre algo que ainda precisava ser conquistado em Jesus, sobre a fé.
Não podemos admitir que estejamos lavando uma vida com Deus na “sombra e água fresca”. Judas mostra a necessidade de batalharmos. Se entendermos que não alcançaremos aqui a perfeição, logo podemos concluir que esta batalha nunca termina.
A segunda característica para a vida pessoal do levita que vamos estudar é a batalha. Além de nos dedicarmos a sermos bons servos, precisamos estar continuamente batalhando pela fé.

“Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem. Foi por ela que os amigos alcançaram bom testemunho...” Hebreus 11

Está claro neste texto que a fé não é a nossa esperança, mas é a certeza de que aquilo que esperamos acontecerá. Esta certeza só pode ser data pela Rhema, isto é, pela palavra vivificada em nossos corações. Isto só o Espírito Santos pode fazer. Para que Ele faça isto em nós, precisamos estar continuamente em oração e busca espiritual de intimidade com Deus. Portanto o batalhador da fé é o guerreiro da oração.
Não existe levita se não houver o batalhador da oração, do guerreiro da fé. Podemos ser um excelente músico ou cantor, mas nunca poderemos fazer mais do que isto se não buscarmos a fé, pela batalha da oração.
Pela vida de servo, podemos ter em nosso coração a esperança de muitas coisas. Enquanto estamos servindo estamos sonhando, pensando, desejando as coisas santas, e até mesmo as coisas para nossa própria vida. Mas enquanto estamos batalhando, ai sim, podemos receber a certeza de que muitas destas coisas acontecerão isto é fé.
Fé não é o desejo de que algo bom nos aconteça. Fé não é o sonho de muitas coisas boas, muito menos a declaração popular evangélica de frases de impacto ou textos da Bíblia, mas é a certeza colocada pelo Espírito Santo de que algo já existe, e está para chegar, está para acontecer. Esta certeza é inabalável, por causa dela podemos ir para a fornalha ou para a cova dos leões sem problemas ou temores. Por causa desta certeza nossa escala de valores é totalmente alterada e passa a ser compatível com Deus.
O padrão de vida pessoal de um levita passa pela marca do batalhador da fé. Aquele que não descansa enquanto não recebe a Rhema, a palavra vivificada pelo Espírito Santo.
Constantemente vemos manuais, apostilas e livros sobre como sermos levitas. Textos que trazem uma série de orientações de como montar uma boa banda, de como organizarmos as equipes de louvor, como funciona um bom coral,... regras de música... Mas nada disto terá importância até aprendermos como obteremos as marcas de um batalhador da fé.
O verdadeiro levita precisa se envolver apenas com a batalha da fé, pois é um servo que deseja servir cada vez melhor. Portanto, o levita genuíno, aquele que está crescendo e amadurecendo no Senhor, não se envolve com:

01. Shows
02. Bandas do mundo
03. Música do mundo
04. Padrões do mundo
05. Disputas por cargos ou posições
06. Busca de oportunidades
07. Divisões
08. Pessoas sem testemunho de vida abençoada
09. Encrencas

O não envolvimento com todas essas coisas e com outras aqui não mencionadas se dá:

Primeiro: Pelo temor ao Senhor
Segundo: Pela disposição em servir e não ser servido
Terceiro: Pelo envolvimento intenso na batalha da fé
Quarto: Pelo conhecimento das Escrituras

O resultado é o testemunho de um padrão de vida pessoal abençoada, que engrandece o nome do Senhor Jesus e influencia vidas.

C O N C L U S Ã O

Sem dúvida, o que estamos até aqui, é o padrão de vida para todo o cristão, para todo aquele que declara ser crente, membro do Corpo de Cristo, e que leva à sério as coisas de Deus.
Porém, estamos estudando este padrão pela base das necessidades do levita, daquele que estará diante do povo, para ministrar a Deus e para ministrar aos irmãos.
Ser levita é uma responsabilidade muito grande, sobretudo levita músico. Se eu vou diante do povo, e me atrevo a ministrar algo, Deus está olhando, afinal de contas é o povo Dele. Se por acaso eu fizer isto levianamente, estarei trazendo maldição sobre mim. Daí a necessidade de aprendermos o padrão de Deus para nossa vida pessoal. Não apenas guardamos informações em nossa memória, mas permitimos que o Espírito Santo use estas palavras com vida, gerando transformação em nós.
Estaremos durante estes próximos dias, colocando tudo isto diante do Pai: o servo, a fornalha e o batalhador.
Estaremos colocando diante Dele os itens mencionados nas lições da fornalha e da cova, bem como aquilo que não podemos nos envolver como levitas.
Certamente o Espírito Santo trabalhará em nós, nos mostrando individualmente o que precisa ser abandonado, o que precisa ser mudado, e o que precisamos receber de Deus para nosso aperfeiçoamento.
O objetivo principal é o nosso próprio crescimento em Deus, mas o objetivo final nesta caminhada, como levitas, é o de sermos instrumentos divinos diante da Igreja.
Mostraremos ao mundo o padrão de Deus para nossa vida pessoal. Mostraremos com um testemunho de vida e frutos, o trabalho de Deus em nós, e certamente abençoaremos outras vidas, seremos canais do Deus vivo.



LEMBRE-SE:


A Bíblia não traz uma opinião acerca das coisas, Ela traz a palavra final de Deus. Portanto não há espaço para compararmos as lições bíblicas com o que pensamos, mas há uma necessidade de substituirmos o que pensamos pelo que a Palavra nos diz!