sábado, 14 de agosto de 2010

A Figueira e a Fé

A Figueira e a Fé



MARCOS 11.12-24

Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes,
e será assim convosco. (Mc 11.24.)

Certo dia, ainda bem cedo, Jesus estava com fome,
E, avistando uma ? gueira ao longe,
Chegou-se a ela a procurar frutos;
E, como somente folhas encontrou, a amaldiçoou:
“Se em ti não há frutos para o teu Criador,
Hás de perder o teu vigor.”
E ela se secou.
No dia seguinte, Pedro observa o acontecido
E diz: “Mestre, a ? gueira tendo obedecido
À tua palavra de ordem, seca agora está!
Sem vida! Todos a podem contemplar.”
Ao que Jesus respondeu: “Tende fé em Deus!
Pois todo aquele que orou ao Pai do céu,
Ao monte ordenando que se fosse levantando
E se lançasse ao mar, por certo isto se deu, só porque creu.
Todo o que se chega a Deus em oração,
Deve nele crer de inteiro coração,
E por certo, levará sua porção!”
Era bem cedo quando Jesus saiu da casa em que estava hospedado em
Betânia, rumo a Jerusalém. Pela manhã, uns bons frutos para o desjejum
eram bem-vindos. Ao encontrar uma linda ? gueira no caminho, o Senhor
procurou nela ? gos, mas não os encontrou.
O Senhor busca frutos também em nossa vida. A ? gueira foi amaldiçoada,
e nunca mais produziu. Ela secou-se imediatamente. Jesus usou esse incidente
para ensinar a respeito de fé e respostas de oração. É preciso crer, exercitar a fé no
Senhor e em sua Palavra. Ele é Deus ? el, e sempre cumpre o que promete.
Experimente orar com fé.

Pai, achegar-se a ti em oração é o maior privilégio para qualquer
homem mortal. É maravilhoso saber que o Criador está
à nossa disposição para nos ouvir, atender e amar. Dá-nos
ousadia e con? ança na oração. Amém.


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Quebra de Maldição e Regressão Intra-Uterina

Posted: 20 Jul 2010 01:25 PM PDT

O crente em Cristo está sujeito a ter maldição em sua vida?
II Coríntios 4:2-9

O Dicionário Eletrônico Aurélio define assim a palavra maldição: ato ou efeito de amaldiçoar ou maldizer – isto significa que para que alguém seja maldito, é necessário que haja outro alguém para o maldizer. Isto é correto. Um maldito e um maldizente.
Por outro lado de tempos em tempos a igreja de Jesus Cristo é assaltada por modismos que buscam desviar os crentes do verdadeiro alvo e objetivo – servir ao Senhor com alegria e singeleza de coração. Um destes modismos é a quebra de maldição que tem arrastado tantos e preocupado a muitos outros.

Quebra de maldição? Como é isto? Para crentes? E um crente pode ser maldito? Vamos andar um pouquinho pela Bíblia. Movido por um sentimento de medo e de inveja, um preocupado Balaque mandou que seus homens fossem a Balaão e o pagassem para que este amaldiçoasse ao povo de Israel. No entanto o Senhor veio a Balaão e lhe disse – não amaldiçoes a este povo, porque é povo bendito – o resto da história você pode ler em Números 22.

Por mais que tentasse, Balaão não conseguiu amaldiçoar ao povo de Deus. Não havia força humana capaz de lançar contra os escolhidos de Deus vaticínios malignos. Pois bem, os que são adeptos da “quebra de maldição” não só dizem que é possível ao crente e convertido ser maldito como enumeram algumas áreas em que é possível ser “maldito”.

* Hereditária

adquirida pela prática de pecado por parte de um ancestral da família;

* No nome

determinados nomes que carregariam maldição em si mesmos e que amaldiçoariam aqueles que os tem como seus;

* Lançada

quando um pai (ou alguém que tem autoridade sobre outra pessoa) lança sobre o seu filho um mau desejo;

* Financeira

se a pessoa não é dizimista e não contribui (com muito dinheiro) com ofertas, o “devorador” (segundo eles é o nome de um espírito demoníaco) vem sobre ela, é a mais ensinada nas igrejas. Curioso;

* No local

refere-se ao local onde alguém vai morar, trabalhar ou até visitar e que outrora fora amaldiçoado ou usado para fins não cristãos (centro espírita, bruxaria, etc.);

* Nos objetos

se você traz para sua casa (mesmo sem saber) algo que fora consagrado aos demônios, esse objeto, por estar amaldiçoado, irá amaldiçoar o local e as pessoas que lá entrarem e habitarem (sic).

No entanto algumas considerações necessitam ser feitas à luz das sagradas escrituras.
Verdade: O pecado gera maldição e castigo na vida do autor desse pecado.

“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito do Espírito ceifará a vida eterna” – Gálatas 6:7,8.

Exemplos de pecados específicos causadores de maldição ou castigo divino ao pecador:

* Gostar de amaldiçoar, praguejar, e desejar mal aos outros – Salmo 109:17; Romanos 12:14; idolatria – Deuteronômio 27:14,15;
* Feitiçaria – Deuteronômio 18:10-14;
* Rebeldia contra os pais – Deuteronômio 27:16;
* Crueldade com deficientes – Deuteronômio 27:18;
* Imoralidade Sexual – Deuteronômio 27:20-23.

Mentira: Que a maldição de outra pessoa, conseqüência dos seus pecados, seja transmitida como herança a seus familiares; cada um dará conta do seu pecado.

“Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” – Romanos 14:12.

Verdade: Que as conseqüências do pecado de alguém afetam indiretamente seus familiares e conhecidos, pois ninguém peca para si só. As conseqüências atingem a todos. “No seu caminho há destruição e miséria” – Romanos 3:16.
Mentira: Que os problemas espirituais, psicológicos e de saúde dos filhos são conseqüência de maldição herdada dos pais. Por exemplo: a sífilis em uma criança pequena pode ser resultado da maldição ou castigo da prostituição do pai, porém, não é a maldição em si mesma, mas sim é resultado da maldição dos pais. E neste caso a sífilis da criança não é uma maldição a ser quebrada, mas uma doença a ser curada.

“A alma que pecar essa morrerá” – e não outra que não pecou – Ezequiel 18:4.

Verdade: Que as palavras humanas podem se tornar muito destrutivas. Joseph W. Stowell resume bem o poder destrutivo das palavras:

“as palavras podem ser destrutivas em três aspectos. Elas podem destruir nosso relacionamento com Deus, nosso relacionamento com aqueles que amamos e até nosso relacionamento conosco mesmo. Depois acrescenta: “ter uma língua é como ter dinamite entre os dentes: é preciso pensar nisso” (sic).

Tiago nos adverte:

“A língua também é um fogo; como mundo de iniqüidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno” – Tiago 3:6.

Não que elas tenham um poder místico nelas próprias para destruir, mas que podem promover destruição pelos efeitos causados pela reação negativa de pessoas muito sensíveis. Há um ditado muito sábio acerca de agressões verbais que diz: “quem é dono de sua boca diz o que quer; eu sou dono dos meus ouvidos e escuto o que quero”. Em resumo, as palavras humanas de maldição só terão poder em quem vier a escutá-las com temor, e venham a se deixar impressionar por tais palavras.
Vejamos Eclesiastes 7.21,22 -

“Não apliques o coração a todas as palavras que se dizem, para que não venhas ouvir o teu servo amaldiçoar-te, pois tu sabes que muitas vezes tu tens amaldiçoado a outros”. Eclesiastes 7.21-22

Outra mentira é dizer que as palavras de maldição têm poder em si mesmas. As palavras dos amaldiçoadores são como eles próprios: “vento”, ocas, vazias ou sem poder em si mesmas, porém voltarão para eles como um bumerangue, pois quem deseja o mal aos outros está desejando para si mesmo.

“E até os profetas se farão como vento, porque a palavra não está com eles; assim lhes sucederá a eles mesmos” – Jeremias 5:13.

Ainda as palavras e as maldições dos maldizentes ou profetas que não são inspirados por Deus são consideradas como palha – sem nenhum valor, ou possibilidade de se cumprir – Jeremias 23:28-31.
Aqueles que amaldiçoam o seu próximo estão ignorantemente se colocando em curso de colisão com a própria maldição que proferem, não porque as suas palavras tenham poder em si mesmas, mas porque Deus os fará colher a maldição que está plantando para outros. – “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois tudo aquilo que o homem semear também ceifará”. Ainda é mentira dizer que o homem tem a prerrogativa de autorizar o diabo a cumprir maldição de suas palavras na vida de outros.
Aqui há uma inversão conceitual, pois conforme a Palavra de Deus é a humanidade que “jaz no maligno” e não “o maligno jaz na humanidade”. O mínimo que um homem pode fazer é “dar lugar ao diabo” em sua própria vida, ou seja, fazer ou dizer coisas que darão progressivo controle de Satanás sobre sua vida. Porém, a Bíblia nunca diz que podemos autorizar o demônio a executar maldições na vida de outros – I João 5:19 e Efésios 4:27.
Essa definição veio da feitiçaria e da bruxaria. Na feitiçaria lançar feitiço equivale a lançar malefício ou maldição de feiticeiro. “A maldição é uma fórmula e/ou um gesto profano, religioso ou mágico, que supostamente traz infelicidade, através da força do verbo, da eficácia do rito, do recurso a um ser transcendente, da correspondência fórmula e objeto” (sic).

De fato, não há real base bíblica e teológica para as definições e práticas da maldição hereditária. Quando defensores dessa idéia usam textos que falam do poder das palavras, e de maldições, mas tirando-os do contexto, manipulando-os e adulterando o sentido da Palavra de Deus, e, para apoiar a sua doutrina biblicamente insustentável, muitos confundem suas vidas pregressas e as coisas que fizeram na ignorância com maldição.
Se alguém fumou e bebeu muito quando não era convertido certamente vai trazer as conseqüências consigo – isto não é maldição. Outros tiveram infâncias, adolescências e juventudes atribuladas por qualquer motivo e carregam as suas marcas e muitas vezes precisam ser curados, mas confessar pecados dos seus parentes não é bíblico – Romanos 14:12 “De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus”.

Muitas vezes ouvimos de algumas pessoas cujos casamentos fracassaram que é “maldição de família”, devido ao fato de alguns casamentos e relacionamentos de parentes terem fracassado, significa que o seu também fracassou por causa disto – isto é mentira de Satanás para enganar. Em Deuteronômio 24:16, está escrito que

“Os pais não morrerão pelos filhos, nem os filhos, pelos pais; cada qual morrerá pelo seu pecado” Deuteronômio 24.16

– como então você pode herdar uma “maldição” de um parente seu?
O que você sabe dos seus antepassados? Quais eram as práticas deles? E os costumes? No que eles criam? Um dos meus avós foi até a sua conversão um alcoólatra incorrigível. Bebeu a vida inteira, assim como um dos seus irmãos. Ele foi internado muitas vezes para tratar do vício e somente se libertou ao aceitar Jesus como seu salvador. Eu detesto bebida alcoólica, não suporto sequer o cheiro. Onde está então a maldição para a minha vida?
A vida cristã é repleta de bênçãos das quais não podemos olvidar, mas mesmo sendo convertidos não estamos isentos de passar por dissabores, de ter de enfrentar doenças, morte, aborrecimentos, tristeza, dor, etc, mas há gente que prefere falar em maldição a contar as bênçãos. Gosto é gosto.

Tomemos por base Balaão, por mais que ele quisesse jamais iria conseguir lançar sobre o povo de Deus maldição alguma. Os tempos mudaram, Deus não. O mesmo Deus que não permitiu que Balaão falasse qualquer coisa contra os escolhidos, porque iria permitir que se fizesse hoje? Pois ainda que alguém tivesse lançado qualquer maldição entre os nossos antepassados – hoje, somos novas criaturas e nada temos com os antigos – II Coríntios 5:17.
Certa feita tive a oportunidade de perguntar a um dos “papas” das maldições hereditárias no Brasil, sobre o assunto. O tipo enrolou-se todo para responder. Engasgou, tossiu e saiu-se com uma resposta nada convincente, citou exemplos familiares e um monte de historinhas sem nexo nenhum. Contra argumentei então com Romanos 5:1 –

“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” Romanos 5.1

e Romanos 8:1 –

“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. Romanos 8.1

Uma das afirmações dele é que as maldições precisavam ser quebradas, com cada um pedindo perdão pelos erros dos seus antepassados e por ai afora. Falou que na família dele os casamentos eram todos desfeitos por causa de uma maldição hereditária, que ele pessoalmente havia quebrado a tal maldição, e blá, blá, blá…, só conversa fiada sem nenhum fundamento bíblico, e como ele vende livro sobre o assunto!
Tempos atrás recebi o relato que transcrevo a seguir, omitindo logicamente o nome de quem o fez.

Relatando uma seção de cura interior e de quebra de maldição hereditária
“… Logo no começo da seção, foi distribuído um frasco com óleo ungido para cada pessoa participante, e a ordem foi que cada um ungisse a si mesmo nos pés, mãos, cabeça e umbigo, pois segundo os orientadores, o umbigo é o centro onde o pecado se instala.

Fomos orientados a não cruzar as pernas e os braços, pois eles tinham um motivo muito forte para isto, mas não explicaram o porque. No começo parecia uma seção espírita, cheia de superstições. Foi nos dado também uma lista de tudo aquilo que deveríamos nos desvencilhar dentro das nossas casas. Sal grosso, patuás, fotos e imagens de santos, estatuas, e tudo aquilo que fosse comprometido com espiritismo, catolicismo e outras religiões e seitas. Pediram que nós todos pedíssemos perdão pelos pecados dos nossos antepassados, e por todos aqueles que foram prejudicados pelos antigos moradores do nosso país. Pedimos perdão também por todo mal feito aos índios, portugueses, argentinos e uma lista muito grande de pedidos de perdão que deveríamos pedir a Deus pelas atitudes e defeitos dos nossos antepassados.

Pedimos perdão pela nossa vigésima geração, e assim sucessivamente para cada geração, regredindo até a nossa última geração. Pedimos perdão especificamente por cada uma das gerações, repetindo cada oração. Para que todas as maldiçoes fossem quebradas, a responsável pela reunião disse que era preciso ir até o útero materno, e leu para nós todos os detalhes da gestação de uma criança na ordem inversa, ou seja, ia transportando as pessoas a se imaginar, como se estivessem no útero, regredindo até a sua concepção.
Tudo isto para garantir que todos os traumas e maldições fossem de fato quebradas. Muitas pessoas nesta hora se emocionaram, passaram mal, gritaram, alguns desmaiaram, outros vomitaram e babaram em espasmos de agonia e dor.

Os gritos eram pavorosos e assustadores, a opressão que senti, depois partilhada por outros foi imensa e massacrante.
Acabada a reunião, as pessoas sequer conseguiam parar em pé e algumas precisaram sair carregadas. Peço a Deus perdão até hoje por haver participado daquela reunião, e levei tempos para me recuperar emocionalmente daquilo tudo. Somos pecadores, pelos nossos próprios erros e defeitos e não por causa dos nossos antepassados, e cada um de nós prestará contas individualmente a Deus”.

Assim como esta pessoa acima, muitos pensam que há maldições que precisam ser quebradas para que suas vidas sejam então consertadas. Como, se Deus nos chamou para uma vida de vitórias? E no Senhor não há engano, portanto dizer o contrário é desconhecer os benefícios plenos da Palavra de Deus. A realidade presente em atividades como esta, é a presença de práticas esotéricas como a hipnose, que levam o indivíduo a lembrar de coisas e fatos que normalmente ele não lembraria, onde o mais comum é a produção de fantasias e alucinações, e a apresentação de uma aparente lembrança de vidas além do útero, remetendo à memória ancestral.

Aqui entra uma outra prática do esoterismo que é a TVP – Teoria das Vidas Passadas; uma das muitas modalidades é a psicologia transpessoal, que segundo quem a exerce dá um conceito e um destino à vida, dá um sentido à vida que a psicologia tradicional perdeu.
Declarações de Pierre Weil, psicólogo francês dizem o seguinte –

Mas a psicologia transpessoal também nos dá uma visão retrospectiva. A regressão não para onde Freud parou, ou seja, na vida intra-uterina, via hipnose. Há a regressão até antes da fecundação. Temos uma memória ancestral – reencarnação. É o caminho clínico. A terapia tem o aspecto de ciência. TVP implica no conceito de reencarnação, mas esse conceito está muito ligado também ao nosso conhecimento sobre o processo da morte e o que vem depois. Esse processo da morte e do depois também é uma ciência que a ioga, por exemplo, conhece a milênios. E a ioga também é uma ciência. Por meio da ioga sabe-se que a reencarnação existe. Essas terapias de vidas passadas, para os iogues, é um fato corriqueiro. O limite do conceito sobre reencarnação está ligado ao limite da realidade.

Em algumas igrejas contextualizadas já vemos práticas como a regressão intra-uterina, a quebra de maldições hereditárias; e não seria espanto nenhum se num futuro muito próximo tivermos dentro destas mesmas igrejas a tal da TVP. É esperar!
O problema é que costumes mundanos são introjetados nas vidas dos crentes, perceptível ou imperceptivelmente, e o resultado é o que Paulo fala em I Coríntios 11:30 –:

“Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem”. I Coríntios 11.30

A grande questão de o porque tantos dentro das igrejas sofrem com estes métodos, é por pura ignorância e falta de conhecimento bíblico de líderes que preferem jogar o seu povo em práticas místicas e esotéricas. O que falta para o nosso povo é discipulado bíblico e verdadeiro, mas os homens que nos dirigem estão mais preocupados em encher suas igrejas de gente, e por causa disto é que vivemos um período dentro das nossas congregações de pessoas que gritam desesperadas por socorro sem que ninguém as atenda. Nossas lideranças estão mais preocupadas com número e quantidade, pois isto representa mais dinheiro, do que com o bem estar espiritual do povo.

Recebo mensagens e mensagens de gente que padece dos males da alma, de gente que vai ansiosa buscar ajuda com seus pastores e volta pior do que foi. Escrevi o artigo Ciúmes – o flagelo da humanidade, e é incontável a quantidade de e-mails que recebo por causa disto. Pessoas doentes, carentes, necessitadas, quebradas e fragilizadas emocionalmente.
Numa das mensagens a pessoa abordou o tema quebra de maldição. Segundo o relato ela foi se consultar com o pastor, e ele se saiu com a alegação de que o problema era maldição hereditária. Orou, orou e mandou que ela também orasse para que seus antepassados a deixassem em paz. Fez com que ela pedisse perdão pelos parentes e a coisa toda – uma pândega – e não é preciso dizer que a coitada ficou perplexa e de boca aberta com tanta aberração, mesmo porque o pastor não sabe nada da vida familiar dela, e nem ela mesmo sabe. O dito cujo preferiu jogar a culpa na maldição hereditária a aconselhar a mulher carente.


E assim vai. Muitos vão arrastar suas agonias pela vida afora, caminhando com dificuldades, esquecendo-se do que nos diz João 8:36 –

“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. João 8.36

A culpa destes não conhecerem a liberdade na sua plenitude é dos seus líderes que teimam em tratar o povo de modo indigno, não permitindo que estes tenham pleno acesso às coisas divinas. Deus nos criou e nos salvou para sermos venturosos, vitoriosos, com os nossos problemas todos resolvidos diante Dele, e isto é o que realmente interessa.
Ministrar ao povo mentira, dizendo que há maldição hereditária é o fim da picada, próprio de quem realmente precisa se converter. A Palavra de Deus nos dá a chave plena da vitória, que só é possível se nos voltarmos para Deus. As práticas mundanas, místicas e esotéricas devem definitivamente ser deixadas de lado, pois Deus não nos salvou para sermos escravos de coisas inventadas pelos homens, e a única maldição que definitivamente não pode ser quebrada é a de partir para a eternidade sem estar com Cristo.
Só acredita em maldição hereditária, quem não tem pleno conhecimento da Palavra de Deus, ou quem precisa vender livros. Muitos livros…

Nota do autor: foram usados fragmentos dos artigos Maldição Hereditária de Victor Hugo Ramallo, e A Falsa Doutrina da Maldição Hereditária de José Laerton, ambos, pastores.

Autor: Jehozadak Pereira

terça-feira, 8 de junho de 2010

2012 - Hollywood Destrói o Mundo

2012 – Hollywood Destrói o Mundo

“Em toda a história, nunca uma data foi tão significativa para tantas culturas e religiões, tantos cientistas e governos. Um cataclisma global ocasiona o fim do mundo”. O dia é 21 de dezembro de 2012, data em que o calendário maia prediz que ocorrerá o final dos tempos, um evento dramatizado no filme “2012”, feito em Hollywood pelo diretor Roland Emmerich e lançado em novembro. O filme apresenta efeitos visuais fantásticos do cataclisma abatendo-se sobre a terra, mostrando o desabamento das construções mais destacadas do mundo – a Basílica de São Pedro em Roma, os arranha-céus de Nova Iorque, a estátua do Cristo Redentor no Rio – à medida que meteoros e inundações destroem a terra. O trailer começa com a pergunta: “Como os governos de nosso planeta conseguiriam preparar seis bilhões de pessoas para o fim do mundo?” Logo aparece a resposta: “Não conseguiriam”. De acordo com o filme “2012”, a Terra se fenderá ao meio, cumprindo uma antiga profecia.
A profecia em questão vem da antiga civilização maia na América Central, que produziu o famoso Calendário Maia. Os maias foram os únicos habitantes nativos das Américas a desenvolverem uma linguagem escrita. Eles também obtiveram progresso notável nas artes, na arquitetura, na matemática e na astronomia, chegando ao auge de seu desenvolvimento durante o período de 250 d.C. a 900 d.C. Por volta de 1200 d.C., a sociedade deles sofreu um colapso, por razões que podemos apenas supor. Quando os conquistadores espanhóis chegaram, os maias ainda ocupavam a região, e ainda falavam a língua maia, mas já não tinham conhecimento de muitas coisas que seus antepassados haviam criado.
Diego de Landa foi um padre católico-romano que visitou o México em 1561 e é tido como infame por ter destruído documentos e artefatos maias de valor incalculável. Embora Landa estivesse muito interessado na cultura maia, ele abominava determinados aspectos de suas práticas, particularmente os sacrifícios humanos. Em julho de 1562, quando evidências de sacrifícios humanos foram encontradas em uma caverna que continha estátuas sagradas dos maias, Landa ordenou a destruição de cinco mil ídolos. Ele decidiu que os livros dos maias também eram obra do Diabo e certificou-se de que fossem queimados, tendo restado apenas três livros. Conseqüentemente, foi perdida a maior parte do conhecimento e da história dos maias.
O livro mais importante dentre os que restaram é o chamado Códice de Dresden, que recebeu esse nome devido à cidade na Alemanha onde ficou depositado. É um livro estranho, escrito em hieróglifos, que ninguém foi capaz de entender até 1880. Nessa época, Ernst Forstemann, um estudioso alemão que trabalhava na mesma biblioteca em Dresden, conseguiu decifrar o códice do calendário maia. Ele descobriu que o códice continha tabelas astronômicas detalhadas, com cálculos indicando que o ano tinha 365,242 dias, e usava tabelas para predizer os solstícios e os equinócios, as órbitas dos planetas em nosso sistema solar e outros fenômenos celestiais.
Os maias haviam desenvolvido uma maneira extraordinariamente complexa (e muito precisa) de medir a passagem do tempo, que girava em torno de ciclos de 52 anos. No final de cada ciclo, eram realizadas cerimônias religiosas nas quais os sacerdotes executavam um sacrifício humano no topo de um vulcão extinto conhecido hoje como a Colina da Estrela, local situado em Iztapalapa, no México. O propósito era apaziguar os deuses para que eles não destruíssem o mundo com o final do ciclo. Os maias aguardavam pelo sinal que anunciaria a continuidade do mundo por outros 52 anos, que era a passagem da constelação de Plêiades pelo centro dos céus.
Os maias também possuíam um outro calendário, conhecido como o de “Contagem Longa”. O funcionamento dele é bastante complexo e vai além do escopo deste artigo. Na internet há informações em “Contagem Longa” na Wikipedia. A atual Contagem Longa teve início em 3114 a.C. Na mitologia maia, cada ciclo de Contagem Longa é uma era mundial na qual os deuses tentam criar criaturas piedosas e subservientes. A Primeira Era começou com a criação da Terra, que tinha sobre si vegetação e seres vivos. Infelizmente, como eles não possuíam a habilidade da fala, os pássaros e os animais eram incapazes de prestar honra aos deuses e foram destruídos. Na Segunda Era e na Terceira Era, os deuses criaram os humanos do barro e depois da madeira, mas estes também fracassaram em agradar os deuses e foram aniquilados. Estamos atualmente na Quarta Era, que é a Era Final, a era do ser humano moderno, completamente funcional.
A visão popular apresentada no filme de Roland Emmerich é que a presente era termina em 21 de dezembro de 2012. E o que vem depois? A interpretação dele é que o mundo acaba em fogo e em inundação.
Os eruditos questionam isso. Susan Milbrath, curadora de Arte e Arqueologia Latinoamericana do Museu de História Natural da Flórida, declarou:

“Nós (a comunidade arqueológica) não temos nenhum registro nem conhecimento de que os maias pensassem que o mundo chegaria ao fim em 2012. Interpretar o dia 21 de dezembro de 2012 como o evento do juízo final é uma invencionice completa e uma oportunidade de ganhar dinheiro para muitas pessoas”.

Algumas visões de espiritualidade alternativa baseadas no misticismo da Nova Era e na astrologia vêem a data como sendo um acontecimentos positivo em vez de ser o dia do juízo final: seria a transição da “Era de Peixes, violenta e escura” (i.e., esta era) para a Era de Aquário, “um milênio de amor e luz”.
Para ficar claro: eu não atribuiria nenhum significado à data de 21 de dezembro de 2012. Contudo, embora aceitando as objeções acadêmicas às interpretações populares sobre a cultura maia e deixando o misticismo da Nova Era de lado, o próprio fato de que o filme está sendo feito já diz algo sobre o mundo em que vivemos. As pessoas estão conscientes da possibilidade de que calamidades venham a se abater sobre nós – e Hollywood pegou essa deixa com uma série de filmes sobre catástrofes que estão para ser lançados. The Wall Street Journal, de 31 de julho de 2009, publicou um artigo intitulado “Hollywood Destrói o Mundo”, que dizia:
Uma enxurrada de histórias pós-apocalípticas segue agora em direção às telas de cinemas e de TV. O diretor Roland Emmerich já quase destruiu o mundo por três vezes. Desta vez ele tem a intenção de terminar o trabalho. Em seu filme “2012”, a terra se fende ao meio, cumprindo uma antiga profecia.
O artigo prossegue listando uma série de filmes que estão para ser lançados, sobre uma futura calamidade que destruirá a civilização e como um punhado de pessoas sobram e lutam em um mundo em ruínas buscando sobreviver: The Book of Eli [O Livro de Eli], Day One [O Primeiro Dia], The Colony [A Colônia], e The Road [A Estrada]. Ao apresentar motivos para isso, o artigo diz:
A maioria dos autores dessas histórias diz que está reagindo à ansiedade a respeito de ameaças reais em tempos incertos: os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, duas guerras dos EUA em países estrangeiros, pandemias múltiplas, uma crise financeira global e nova atenção a perigos ambientais. Roland Emmerich afirma: “Ando realmente muito pessimista atualmente”.
Logicamente que não é apenas em Hollywood que as pessoas estão falando sobre um cataclisma que está por vir, ou para destruir o mundo, ou para reformá-lo de forma a ficar irreconhecível. Os noticiários sobre Israel têm apresentado referências à Guerra de Gogue e Magogue, a profecia bíblica encontrada em Ezequiel 38-39 sobre a batalha dos últimos dias, na qual Deus resgatará Israel de uma invasão de nações hostis. Alguns israelenses acreditam que chegou a hora de construírem o Terceiro Templo, profetizado como algo que acontecerá nos “últimos dias” da história. O aiatolá Khamenei, do Irã, conclamou as nações muçulmanas ao redor do mundo para se unirem militarmente em resposta à iminente vinda do salvador messiânico do islã – o Mahdi. Os líderes muçulmanos radicais do Irã acreditam que o Mahdi irá surgir no final da era, proporcionando aos muçulmanos a derrota de Israel e do Ocidente, e que ele governará sobre todo o mundo. Os ambientalistas radicais dizem que o dia do juízo final está chegando rapidamente por causa do aquecimento global. Cristãos evangélicos, como eu, crêem que os acontecimentos globais estão se alinhando exatamente como Jesus Cristo e os profetas bíblicos disseram que aconteceria nos “últimos dias”.

O perigo das versões de Hollywood sobre o fim do mundo
Elas fazem com que as pessoas fiquem tão temerosas da calamidade vindoura que: (1) não vêem nenhuma saída, ou (2) tornam-se céticas com respeito à mensagem verdadeira das profecias bíblicas sobre os últimos dias. As versões múltiplas dos “cenários do fim do mundo” também significam que as pessoas podem colocar as profecias maias, os escritos de Nostradamus, ou as esperanças islâmicas com respeito ao Mahdi no mesmo nível que as profecias da Bíblia.
Ao mesmo tempo, muitas pessoas estão despertando para o fato de que o mundo está realmente ameaçado de desastres vindos de múltiplas frentes – a propagação de armas de destruição em massa, a ameaça de colapso econômico, a dependência do sistema mundial com relação ao petróleo que se extinguirá, a questão ambiental, o conflito no Oriente Médio, a violência e a ilegalidade que se tornam cada vez mais abundantes, a ruptura da vida familiar e a insegurança que milhões estão enfrentando como resultado de tudo isso. Esses fatores levam as pessoas a questionarem:

“Será que o mundo assim como o conhecemos está chegando ao fim?”
De acordo com as profecias bíblicas, está! Todos esses fatos, e outros mais, estão profetizados na Bíblia para acontecerem nos últimos dias desta era. Jesus disse que nos tempos finais, antes de Sua volta, haveria uma época de tamanha dificuldade que, se Deus não a tivesse abreviado, ninguém sobreviveria:

“Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados” (Mt 24.21-22).

Uma série de profecias do Antigo Testamento enfoca o conflito em torno de Jerusalém (Jl 3; Zc 12-14), e Jesus disse:

“Cairão a fio de espada e serão levados cativos para todas as nações; e, até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade [a palavra grega aqui é “aporia”, que significa “sem nenhuma saída”] por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados. Então, se verá o Filho do Homem [i.e., Jesus] vindo numa nuvem, com poder e grande glória” (Lc 21.24-27).

No livro do Apocalipse, lemos sobre uma série de desastres que atingirão a terra, o que se ajusta perfeitamente com os problemas do mundo atual. Guerras mundiais e fomes causam mortes em massa (Ap 6.1-8). Árvores e pastagens são queimadas, os peixes do mar morrem como se algo como uma grande montanha fosse atirada ao mar (asteróide?), e águas doces se tornam impróprias para beber (Ap 8.7-11). Surge um regime ditatorial que força as pessoas a aceitarem uma marca e um número (666), sem os quais nada se pode comprar ou vender (Ap 13). Rios secam e as pessoas são afligidas com grande calor (Ap 16). A batalha final do Armagedon reúne os exércitos do mundo em Israel e fecha esta era com o retorno físico do Senhor Jesus Cristo à terra (Ap 16.16; Ap 19.11-21).
A Bíblia também nos dá grande esperança por causa da Segunda Vinda física do Senhor Jesus Cristo e do livramento de todos os que O recebem como Salvador e Senhor. O cinema-desastre termina sem nenhum sobrevivente, ou com um punhado de sobreviventes se debatendo em um planeta que está para morrer. Na Bíblia, os acontecimentos catastróficos dos últimos dias serão seguidos pelo retorno físico do Senhor Jesus com todos aqueles que colocaram sua confiança nEle. Os sobreviventes da Tribulação que aceitarem Jesus como Salvador viverão em uma terra restaurada durante 1000 anos (o Milênio), em cujo tempo Satanás será amarrado e incapaz de enganar as nações (Ap 20), haverá paz em todo o mundo (Is 2.1-4) e harmonia no mundo natural (Is 11). Este será o prelúdio para a eternidade, quando Deus criará novos céus e nova terra nos quais a justiça habitará (2 Pe 3.13).
O primeiro estágio nesse processo ocorrerá quando o Senhor vier e levar para estarem com Ele todos aqueles que crêem nEle. Não podemos saber exatamente quando isso acontecerá, mas precisamos estar prontos. Jesus disse:

“Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai” (Mt 24.36).

Paulo escreveu sobre o que acontecerá:

“Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (1 Ts 4.16-17).

Esse acontecimento ocorrerá “como um ladrão de noite” (1 Ts 5.2), o que significa que acontecerá inesperadamente, sem aviso. Portanto, precisamos nos arrepender (afastar-nos) dos nossos pecados e aceitar Jesus como Salvador e Senhor de nossa vida. Se quiser ser salvo do julgamento de Deus, você deve confiar no Senhor Jesus, que morreu como sacrifício pelos nossos pecados e ressuscitou dentre os mortos para nos dar vida eterna:

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).

Autor: Tony Pearce

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Depressão: Doença ou Demônio?

Em muitos lares cristãos já é normal escutarmos alguém falar que está “deprimido”.
Este termo é usado quando alguém passou por problemas que foram acumulando com o passar do tempo, sem buscar uma solução para tais, ou sentimentos que ocasionaram da perda de um ente querido, do enfrentamento de determinada dificuldade, ou de uma insatisfação momentânea qualquer, sendo que em alguns casos não tendo um motivo aparente. Por outro lado pode ser também facilmente diagnosticada.
A depressão também incorpora aspectos físicos e psicológicos em suas mais diferentes manifestações.
Popularmente a depressão indica um estado de espírito em que a pessoa esta desmotivada, desolada, desgostosa, desiludida…
Hoje, se entrarmos num consultório seja ele de qual especialidade for é grande a porcentagem de cristãos que o procuram. Muitos vão ainda mais além, pois se não conseguem a cura na medicina convencional, procuram a tal falada “medicina alternativa”, onde estão qualificadas, as homeopatias, acumputura, tratamento através das pedras, cores e etcs.
Tomam-se pílulas para tantos sintomas; mas quando a doença é diagnosticada como “depressão”, muitos cristãos já a qualificam como “coisa do inimigo, ou diz-se que só expulsando o demônio”. Se Expulsa tantos “demônios” que esquecem de buscar soluções para a raiz do problema.
Muitos vão mais além, achando por que a pessoa sente-se tétrica, angustiada, é por que não confessou o pecado que está escondido.
Sabemos que é difícil encarar os problemas que nos assolam, sendo mais cômodo tratar a enfermidade de um modo paliativo do que procurar entender qual o motivo que resultou a depressão e o que pode ser feito para sanar a questão.
Para se afirmar que a pessoa “está endemoniada” temos que analisar se ela passou por algumas destas fases:

* Angustia – momentos de angustia, aflição, agonia. Pode ser diagnosticada como “tal” e tratada, mesmo sem saber o motivo aparente.

* Depressão – estada de desencorajamento, devido a angustia. Falta de interesse que sobrevém após perdas, decepções, fracassos, estresse físico e/ou psíquico no momento em que a pessoa toma consciência do sofrimento ou da solidão em que se encontra.

É imprescindível que seja tratada para que não entre em:

* Opressão

ato ou efeito de oprimir, estado, condição de quem se encontra oprimido, sensação desagradável de falta de ar, de sufocamento, de abafamento (por problemas físicos, psicológicos, morais e/ou espirituais). Sujeição imposta pela força ou autoridade, tirania, jugo. O indivíduo passa a ter um novo conceito da vida, na maioria dos casos perde a motivação, tendo pensamentos quase que diariamente em suicídio, disforia depressiva e condutas que nos levam a crer que satanás esta o oprimindo, fazendo carregar um jugo que não lhe pertence.

* Possessão

ato ou efeito de possuir ou de ser possuído, ato ou efeito de ter (algo) para si, de dispor de (qualquer coisa) e dela poder tirar proveito e prazer; posse, ato ou efeito de ter ou de tomar algo sob controle; posse, algo que se possui, ocupa ou controla a coisa possuída, assunção de ou manifestação (de um ser espiritual) no corpo de uma pessoa, condição ou estado de quem se sente habitado e manejado por um ente sobrenatural.

Quando a pessoa está possessa então podemos dizer que somente o jejum e a oração poderão libertá-la. Podemos ver um caso similar no Evangelho Segundo S. Marcos onde Jesus ora por um menino que está lunático e seus discípulos lhe perguntam porque não conseguiram expulsar aquele demônio, e Jesus lhes responde que somente com jejum e oração. O demônio é expulso, porém a raiz do problema ainda continua, e se não for tratada, novamente a pessoa ficará possesso.
Sabemos que satanás lança setas em direção a nós, porém aquele que tiver raiz de amargura em seu coração, que não se esforça em perdoar e nem em pedir perdão tem a maior probabilidade em entrar em depressão, sendo assim é necessário pedirmos para que Deus nos dê graça para não guardarmos sentimentos que venham a ser impedimento para que nosso Senhor possa trabalhar em nossas vidas, e para que isso não seja um motivo para que satanás venha a querer nos tirar da presença de Deus e ser a razão da nossa derrota.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso, o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não buscam os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade.Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha.
Apartir do momento que liberamos o perdão, o amor de Deus começa a encher nossos corações, e ao invés de tristeza e choro; serão lágrimas de jubilo e ao invés de melancolia, teremos alegria. “E Deus tirará o nosso coração de pedra e nos dará um coração de carne e colocará em nós um Espírito Novo”.
Se fizermos uma visita em um hospital psiquiátrico veremos pessoas que se tivessem sido tratadas adequadamente não precisariam estar internadas nestes hospitais.
Doravante sabemos que muitas famílias preferem tomar atitudes mais cômodas, dando medicamentos, muitas das vezes sem conduta médica e esquecendo-se que no nome de “Jesus” o diabo tem que sair. Ou então culpam o “pastor” achando que ele tem que “dar um jeito” de curar a pessoa de qualquer maneira.
Esquece-se que Deus o levantou primeiro como sacerdote, alguém que prega a libertação da alma, que é a salvação, depois como alguém que recebeu poder para curar em nome de Jesus, como está registrado no Evangelho Segundo S. Marcos, cap.16.18 parte b “e porão a mão sobre os enfermos e os curarão”.
Não estou dizendo que não devemos procurar a medicina; todavia é necessário entendermos o que é designado aos médicos e o que é de responsabilidade somente de Deus.

Aqui estão alguns sintomas mais comuns que se caracteriza a depressão:

* Tristeza repentina – Tristeza sem saber o porque. Sem motivo para tal.
* Insônia ou hipersonia – perda repentina do sono ou um excesso de sono, como que se precisasse fugir de alguma coisa.
* Alterações do apetite – Tanto à perda como a impulsão de apetite são sintomas de depressão, caracterizando para a gula um preenchimento de um vazio.
* Fuga diante de decisões – Necessidade de fugir diante de situações que podem gerar ansiedade.
* Sentimento de desvalor – o que você acha de você mesma: de suas atitudes, do seu físico, seu comportamento diante das outras pessoas?
* Frustrações emocionais – Você tem sentido uma sensação de fracasso,de perda em seus relacionamentos afetivos?
* Relacionamentos familiares – Como você se relaciona com seus familiares, e o que você pensa a respeito da sua família? A depressão também pode ser resultado de um conflito familiar não resolvido.

Para diagnosticar a “depressão” não é necessário que ela venha acompanhada de todos estes sintomas, basta um destes para que possa ser analisada e diagnosticada.

Existem outros sintomas que se caracterizados com freqüência poderão ser analisados como sintomas depressivos, tais como:

* Humor deprimido durante a maior parte do dia
* Perda do interesse ou do prazer pelas atividades, relações sexuais etc.
* Perda ou ganho significativo de peso,
* Agitação ou retardo psicossomotor
* Fadiga ou perda de energia, sentimento de inutilidade ou culpa excessiva.
* Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar,
* Pensamentos de que melhor seria morrer ou ideação (idéia) suicida quase todos os dias.
* Alopecia (queda de cabelo e pêlos)
* Perda da vontade de cuidar da higiene do corpo (banho) e do cabelo.

Se você deseja superar a tristeza e a ansiedade, precisa antes de tudo conhecer melhor a si mesma e buscar em Deus soluções para seus problemas, entregando sua vida a ele e crendo que o Senhor fará o melhor por você.
Se você se enquadra em alguns destes itens, saiba que as Escrituras Sagradas nos revelam que alguns personagens Bíblicos também tiveram momentos de angustias e depressões, todavia mediante o Espírito Santo de Deus, tiveram êxito e conseguiram cumprir com a missão que Deus os havia designado.
A Bíblia nos revela a história de um homem escolhido por Deus para ser profeta, e que tinha comunhão com o Senhor, e tudo quanto ele preconizava, Deus o justificava.
Elias era seu nome; enfrentou reis, ressuscitou pessoas, enfrentou de uma só vez quatrocentos e cinqüenta homens que adoravam a deuses pagãos; tinha autoridade de Deus sobre a natureza, pois quando falou que viria uma grande seca sobre aquela região, por três anos e seis meses não houve chuva, porém quando Elias orou á Deus para que chovesse o Senhor o escutou e respondeu sua oração enviando chuva sobre aquele lugar. Todavia quando uma mulher o desafiou, podemos analisar no capítulo 19 no livro em primeira Reis, que Elias foi até um determinado lugar com o moço que o acompanhava, porém seguiu ao deserto só.
Aquela afronta foi à gota d’água para que o profeta se entregasse à depressão. E no deserto pediu a morte a Deus.
Vejamos: geralmente quando a pessoa entra em depressão ela prefere ficar só, perde a motivação e tudo passa a não ter mais sentido, até mesmo a vida, que foi o caso do profeta Elias; inclusive o fato dele deitar-se e dormir em meio aquele grande problema que o estava assolando, seria este um dos sintomas da depressão, sendo o sono como uma fuga diante da decisão que ele teria que tomar.
No entanto Deus como nunca desampara seus filhos, envia socorro à Elias com uma botija de água e um pão cozido, alimentando-o fisicamente e espiritualmente, pois a água e o pão simbolizam Jesus como palavra viva, como diz a Escritura:

“Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede” (Jo 6;35).

Creia que contigo não será diferente, porquanto o Senhor teu Deus é misericordioso, e não te desamparará, nem te destruirá, nem se esquecerá da promessa que fez; de abençoar até a quarta geração dos que os amam e guardam os seus mandamentos.
Neemias também passou por momentos de profunda angústia ao saber que a cidade onde estava o sepulcro de seus pais, que era Jerusalém, estava desolada, pois seus muros haviam sido derribados, suas portas queimadas, e os judeus que haviam ficado estavam em grande miséria e desprezo.
Podemos ler que Neemias já sabia que não poucos judeus tinham sido levados para o exílio e que alguns haviam escapado, porém não sabia da situação que se encontrava este povo e nem de como Jerusalém estava.
Creio que antes da noticia ele já estava angustiado, pois estando longe de Jerusalém pouco poderia fazer pelos judeus e também receava em demonstrar seus sentimentos, temendo pelo seu cargo no palácio. Porém quando ficou sabendo de toda a situação de Jerusalém e do povo, diz a Bíblia que Neemias assentou-se, chorou e lamentou-se por alguns dias. A noticia o abalou, porém não o derrotou e nem o fez desanimar de lutar pelo seu ideal.
Neemias temia pelo povo, que sem proteção dos muros e sem compromisso com as leis divinas poderia ser açambarcado pelas nações vizinhas.
É interessante ressaltarmos que ele chorou e lamentou-se por alguns dias, e não pelo resto de sua vida. Ao invés de murmuração e ódio de seus inimigos pelo que tinham feito ao seu povo, Neemias buscou a Deus jejuando e orando e pedindo perdão pelos seus pecados e de seu povo.
Ele teve momentos de depressão, porém sabia que não poderia ficar para sempre sentado lamentando-se; era necessário levantar e agir.
Existem momentos em nossa vida em que nos sentimos sós, parece que tudo está perdido e não há mais solução para nosso problema, e o que nos resta é sentar e chorar pelo resto de nossas vidas. No entanto devemos tomar como exemplo a conduta que Neemias teve buscando respostas e equilíbrio em Deus através da oração e do jejum.
Temos que nos conscientizar que há o momento de sentar e chorar, mas também há o momento em que devemos nos colocar em pé e continuar caminhando. E jamais nos esquecermos de sempre estarmos pedindo perdão á Deus pelos nossos pecados e pelos de nossos familiares, pois somente assim conseguiremos seguir em frente e sermos vencedores como o foi Neemias.
Poderíamos citar muitos outros homens e mulheres da Bíblia que passaram por momentos de profunda angústia; como Jó, Noemi, Ana, Saul, Davi, Jeremias, Jonas, Pedro, Judas Iscariotes, o apostolo Paulo, Sansão e o próprio Jesus também tiveram momentos de angustias, e muitos outros que citarei em um próximo artigo.
Porém aqueles que buscaram em Deus tiveram vitória!
Quando lhe sobrevier alguma tristeza, mesmo em que você não ache o motivo, busque em Deus, louve, ainda que com lágrimas nos olhos e o coração apertado; ore; jejue, e você verá como a tristeza passará e seu coração se alegrará, pois somente Jesus tem o poder de mudar o curso da sua vida.

Autor: Elen Viana

sábado, 29 de maio de 2010

Amar Verdadeiramente

Amar Verdadeiramente


Amar a humanidade é fácil… difícil é amar o próximo.

É fácil amar os que estão distantes, os desconhecidos, os que não convivem conosco.

Difícil é continuar amando quem te traiu, quem te magoou, quem te enganou.

É fácil amar quem é bonito, saudável, bem vestido, em forma.

Difícil é amar o pobre, o doente, o sofredor.

Amar é fácil, difícil é tolerar as ações dos outros.

Difícil é tolerar a amiga fofoqueira, o amigo chato, o parente aproveitador.

Difícil é tolerar a vizinha encrenqueira, o vizinho barulhento, o amigo oportunista.

É fácil amar aqueles com quem nos encontramos ocasionalmente, aqueles com quem passamos somente bons momentos, porque estes, pouco nos conhecem, ou melhor… só conhecem o melhor de nós, só conhecem a nossa melhor parte, que é somente o que nós mostramos a eles.

Difícil é amar aqueles com quem convivemos, aqueles que conhecemos o cheiro, que sabem as nossas reações e que falam o que pensam sobre nós.

Uma vez eu li que a felicidade está em amar cada pessoa individualmente, não a humanidade como um todo e, sim, cada parte dela.

Amar aqueles que nos conhecem como a palma de suas mãos.

Porque amar e tolerar os que estão distantes, é fácil…

Eles não tocam a nosso ego tão profundamente como os que estão próximos.
O maior desafio é eliminar o próprio ego.

Amar verdadeiramente é saber tolerar, compreender, ter boa vontade.

O maior exemplo de expressão verdadeira de amor, que toda a humanidade já viu, foi o amor incondicional de Jesus Cristo.

Ele possuía a forma de amor total, ampla e irrestrita, o amor na sua forma mais bela.

O amor que não escolhe a quem amar, o amor que ama sem restrições.

Não podemos ser como Jesus, mas podemos amar como Ele amou. Ou nos esforçarmos para amar… fazendo uma tentativa, duas, três, várias… Felizes aqueles que, com esforço (ou não) conseguem seguir os ensinamentos de Jesus.

Se você ama espontaneamente, sem esperar nada em troca, se você ama principalmente os que estão próximos, sem ter que suportar, mas ama com boa vontade e alegria, saiba que este é o amor de Deus, agindo no seu coração.

Não ame somente a quem te agrada, ame a todos…

Sem distinção… Simplesmente… Ame.

“Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade”. I João 3:18

Fonte (G+ Estudos Bíblicos)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Obediencia Total

Eu fico impressionado com a atual geração de crentes. Creio que nunca tivemos tanto conhecimento bíblico, tantas informações, e tanta revelação das Escrituras. Entretanto, como disse certo pregador, “temos nos tornado numa geração de crentes ‘cabeções’; a cabeça cheia de teoria desenvolveu-se, mas o corpo limitado a tão pouca prática da Palavra atrofiou-se!”

Precisamos entender o que Deus espera de nós. Não estou falando contrariamente ao ensino que tem sido oferecido à nossa geração, pois creio que é um privilégio recebermos o que temos recebido. Eu aguardo o dia em que se cumprirá a palavra divina, segundo a qual, assim como as águas cobrem o mar, assim também toda a terra se encherá do conhecimento da glória de Deus! Quanto mais intensamente a Palavra de Deus for pregada e ensinada, melhor! O nosso erro não está em recebermos os ensinos, mas em não fazermos o que deveria ser feito com relação ao que temos recebido nesses ensinos!

“Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” – Lucas 6.46

Observe que a nossa confissão de Jesus Cristo como Senhor das nossas vidas é a essência do nosso recebimento da salvação pela fé (Rm 10.9,10). Não O chamamos de “Senhor” como um mero título! É este reconhecimento do senhorio de Cristo, o ato de nos rendermos ao Seu governo sobre as nossas vidas, que nos introduz no Reino de Deus! A palavra “senhor” significa “amo”, “dono”. Para nós hoje, que não vivenciamos a realidade da escravatura, este significado pode ser diferente, mas os discípulos de Jesus e todas as demais pessoas dessa época conheciam bem este termo! Portanto, todos sabiam que o reconhecimento de Jesus como “Senhor” significava a decisão de obedecê-Lo!

CHAMADOS À OBEDIÊNCIA

Desde a primeira vez em que foi proclamada, a fé em Cristo traz consigo o sentido da obediência. Por isso nos deparamos com a indagação (e indignação) do Senhor Jesus: “Por que não fazeis aquilo que eu mando?” (Lc 6.46). Se O reconhecemos como “Senhor”, então devemos obediência a Ele, e ponto final! Foi para isto que fomos chamados:

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos.” – Mateus 28.19,20

Jesus ordenou que a Sua Igreja guardasse os Seus ensinos e também reproduzisse esta visão de obediência nas próximas gerações de discípulos. Ele esperava que cada um dos discípulos (que seriam feitos nas nações) entendesse que a responsabilidade de cada um deles seria guardar (obedecer, praticar) o que Ele ensinou.

O que caracteriza um discípulo de Cristo é a sua obediência ao Seu ensino. O ministério de ensino é importantíssimo e foi ordenado pelo próprio Cristo, mas deve levar as pessoas à prática!

O apóstolo Paulo se referiu à fé como um ato de obediência em dois textos bíblicos distintos:

“Por intermédio de quem viemos a receber graça e o apostolado por amor do seu nome, para a obediência por fé entre todos os gentios.” – Romanos 1.5

“E que agora se tornou manifesto, e foi dado a conhecer por meio das Escrituras proféticas, segundo o mandamento do Deus eterno, para a obediência por fé, entre todas as nações.” – Romanos 16.26

Fomos chamados à obediência pela fé! Esta deve ser a forma de caminhar de todo cristão! Escrevendo aos efésios, Paulo menciona a condição anterior à nossa conversão, e, para descrever a forma como vivíamos, ele usa o termo “filhos da desobediência”:

“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.” – Efésios 2.1-3

Esta era a nossa condição antes de nascermos de novo. Era um problema da nossa natureza! Estávamos escravizados pela vontade da carne e andávamos segundo o curso do mundo. E, salientando algo mais grave ainda, a Bíblia diz que andávamos “segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência”! Em outras palavras, éramos diretamente influenciados por um espírito maligno!

Isto deveria fazer com que refletíssemos melhor! Poderíamos esperar então que a correta terminologia a ser empregada com relação aos crentes em Cristo seria a de chamá-los de “filhos da obediência”! É o termo que deveria ser aplicado a nós! Contudo, eu pergunto: “Será que a maioria dos cristãos de hoje reflete este espírito de submissão e obediência a Deus e à Sua Palavra?” Infelizmente devemos admitir que não! Nunca vimos a fé evangélica propagando-se em nossa nação como atualmente. Milhares de brasileiros se convertem todos os dias, graças a Deus! Entretanto, este é um momento muito sensível à formação de toda uma nova geração de discípulos! Assim sendo, os líderes devem ser muito enfáticos no sentido de chamarem as pessoas de volta a um compromisso de obediência total ao Senhor!

O nosso problema não é apenas a desobediência, mas também a religiosidade que nos cega e nos leva a fingirmos a obediência. Eu acho que é impressionante, não somente a nossa rebeldia (porque é assim que a nossa desobediência deve ser chamada), mas também a nossa capacidade de fingirmos a obediência quando ela não estiver presente!

A OBEDIÊNCIA “APARENTE” É DESOBEDIÊNCIA

À semelhança dos fariseus dos dias de Jesus, nós também pecamos hoje pela nossa religiosidade. Aprendemos a falar e a nos comportar com ares de bons cristãos, e, com isso, encobrimos a nossa desobediência. O Senhor Jesus contou uma parábola que denuncia este nosso comportamento com exatidão:

“E que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha. Ele respondeu. Sim, senhor, porém não foi. Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero; depois, arrependido, foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram: O segundo. Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus. Porque João veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditastes nele; ao passo que publicanos e meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto, não vos arrependestes, afinal, para acreditardes nele.” – Mateus 21.28-32

Com relação a estes dois filhos, quem demonstrou ser obediente? Aparentemente foi o primeiro, que respondeu afirmativamente ao chamado do pai. Porém, na prática, o filho obediente foi o segundo. Ainda que a princípio ele tenha se rebelado e dito que não faria o que o pai havia pedido, depois, arrependido, foi e obedeceu. Jesus compara estes dois filhos a dois grupos de pessoas: os fariseus (o grupo religioso mais severo dentro do judaísmo) e os pecadores (os coletores de impostos e as prostitutas, que recebiam os piores rótulos sociais e espirituais naqueles dias), e conclui dizendo que este último grupo entraria no Reino de Deus antes do primeiro grupo, dos fariseus, que eram os beatos e carolas daquela época!

Concluímos assim que não adianta passarmos horas a fio, sentados na igreja, ouvindo a Palavra de Deus, agindo como quem diz “sim” a tudo o que o nosso Pai Celestial nos ordena que façamos, se, depois, não obedecermos e não fizermos essas coisas! A aparência de obediência não está entre os pecadores, e sim entre os cristãos! No entanto, a obediência verdadeira nem sempre está conosco!

A Igreja dos nossos dias é como o primeiro filho. Preocupa-se com a aparência e com o conceito dado pelos outros, e, assim sendo, sempre responde “sim” às ordens do Pai, mas nem sempre faz o que disse que faria! Não basta termos uma aparência de religiosidade! Precisamos praticar a Palavra!

“Tornai-vos, pois, praticantes da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla num espelho o seu rosto natural; pois a si mesmo se contempla e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência. Mas aquele que considera atentamente na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar.” – Tiago 1.22-25

Note que a Bíblia diz que a pessoa que não pratica a Palavra engana a si mesma! Ela não está enganando outras pessoas, e tampouco a Deus! Está enganando a si mesma! Muitos acreditam que, pelo fato de terem uma “aparência de santidade” ao frequentarem os cultos ou ao estudarem a Bíblia sozinhos, alcançarão um lugar de aprovação em Deus, mas isto não é verdade! A única coisa que legitima a nossa entrada no Reino de Deus é o reconhecimento do senhorio de Jesus, o qual, por sua vez, somente se evidencia através da nossa obediência e sujeição total a Cristo!

O fato de alguém meramente ouvir a Palavra de Deus aparentemente autentica a sua religiosidade, mas é a prática da Palavra que autentica a obediência em sua vida como cristão. Há também o aspecto do resultado provado por cada um. Tiago fala do “ouvinte negligente” e do “operoso praticante”, mas deixa claro que o abençoado na história é o que ouviu, aprendeu, e perseverou em obedecer aos mandamentos do Senhor!

Alguns não se posicionam para obedecerem! Eles acham que o fato de usarem uma “capa de cristianismo” é o suficiente! São os que, como eu já afirmei, praticam a “aparência da obediência”. Contudo, há outros que vão além da aparência e manifestam uma obediência incompleta. Por obedecerem em algumas áreas, agem como se estivessem escusados de obedecerem em outras! Assim sendo, justificam-se, relativizando a obediência! Os fariseus foram acusados por Jesus de se comportarem desta maneira:

“Interpelaram-no os fariseus e os escribas: Por que não andam os teus discípulos de conformidade com a tradição dos anciãos, mas comem com as mãos por lavar? Respondeu-lhes: Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. Negligenciando o mandamento de Deus, guardais a tradição dos homens. E disse-lhes ainda: Jeitosamente rejeitais o preceito de Deus para guardardes a vossa própria tradição. Pois Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte. Vós, porém, dizeis: Se um homem disser a seu pai ou a sua mãe: Aquilo que poderias aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta para o Senhor, então, o dispensais de fazer qualquer coisa em favor de seu pai ou de sua mãe, invalidando a palavra de Deus pela vossa própria tradição, que vós mesmos transmitistes; e fazeis muitas outras coisas semelhantes.” – Marcos 7.5-13

Observe a afirmação que o Senhor Jesus fez aos fariseus: “Jeitosamente rejeitais o preceito de Deus para guardardes a vossa própria tradição.” A palavra que foi traduzida por “jeitosamente” é “kalos”, que, de acordo com a Concordância de Strong, possui vários significados: “belamente, finamente, de forma a não deixar espaço para reclamação, de forma honrosa ou recomendável.” Isto mostra uma desobediência velada, com aparência de obediência! Muitas vezes fazemos o mesmo. Pregamos contra o roubo, mas sonegamos os impostos! Contudo, damos mil explicações para convencermos a nós mesmos e até mesmo aos outros! Pregamos contra o adultério e a imoralidade, mas conseguimos nos divertir com filmes com estas práticas! No entanto, temos sempre uma boa “explicação”, um “kalos”, uma forma jeitosa de mascararmos a nossa desobediência!

A OBEDIÊNCIA “PARCIAL” É DESOBEDIÊNCIA

A relativização da obediência e o cumprimento meramente parcial dos mandamentos de Deus é uma forma velada da prática da desobediência! A aparência e a parcialidade levam à desobediência. Algumas pessoas vivem a aparência; outras, porém, a parcialidade! Outras, ainda, conseguem tropeçar em ambas as coisas! O rei Saul é um exemplo da pessoa que soma a aparência com a parcialidade e acaba nos mostrando as consequências desastrosas desta escolha. Ele já havia falhado e desobedecido antes (1 Sm 13.8-14), mas manteve a sua mesma postura errada de querer agradar mais ao povo do que a Deus. Ele era alguém que se preocupava demasiadamente com o conceito que os outros teriam a respeito dele e acabava se esquecendo do conceito que ele teria diante de Deus!

Numa outra ocasião, Saul recebeu uma ordem direta do Senhor:

“Disse Samuel a Saul: Enviou-me o Senhor a ungir-te rei sobre o seu povo, sobre Israel; atenta, pois, agora às palavras do Senhor. Assim diz o Senhor dos exércitos: Castigarei a Amaleque pelo que fez a Israel; ter-se oposto a Israel no caminho, quando este subia do Egito. Vai, pois, agora e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que tiver; nada lhe poupes, porém matarás homem e mulher, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos.” – 1 Samuel 15.1-3

A ordem divina era muito específica e fácil de se compreender. Contudo, uma vez mais, Saul não obedeceu ao que lhe havia sido ordenado:

“Então feriu Saul os amalequitas desde Havilá até chegar a Sur, que está defronte do Egito. Tomou vivo a Agague, rei dos amalequitas; porém a todo o povo destruiu ao fio da espada. E Saul e o povo pouparam a Agague, e o melhor das ovelhas e dos bois, e os animais gordos e os cordeiros e o melhor que havia, e não os quiseram destruir totalmente; porém a toda coisa vil e desprezível destruíram.” – 1 Samuel 15.7-9

Esta foi uma desobediência direta ao mandamento do Senhor. E foi exatamente assim que Deus enxergou o ocorrido e declarou a Sua sentença:

“Então, veio a palavra do Senhor a Samuel, dizendo: Arrependo-me de haver posto a Saul como rei; porquanto deixou de me seguir e não executou as minhas palavras. Então, Samuel se contristou e toda a noite clamou ao Senhor.” – 1 Samuel 15.10,11

Saul poderia dar a explicação que quisesse, mas Deus disse que ele havia deixado de seguí-Lo e que ele não havia obedecido às Suas palavras! Alguns acham que basta obedecermos a muitos mandamentos do Senhor para agradá-Lo, mas Deus não espera uma obediência parcial, e sim total! Imagine os noivos, no momento da cerimônia nupcial, fazendo um juramento de fidelidade para a maior parte do tempo! Por mais que se amassem, não gostariam disso! Deus também não quer que sejamos obedientes a muitos mandamentos, mas a todos! Ele não espera que sejamos fiéis na maior parte do tempo, mas que o sejamos em todo o tempo!

Muitas vezes agimos com uma certa “psicologia de compensação”. Deduzimos que por sermos obedientes em muitas coisas que o Senhor nos pede, então temos “o direito” de falharmos em algumas outras “coisinhas”! Entretanto, a desobediência praticada em qualquer área das nossas vidas anula a obediência que sustentamos em outras! É isso mesmo! Ou alguém é totalmente obediente, ou é desobediente, pois não há obediência parcial! Tiago escreveu o seguinte sobre isso:

“Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Porquanto aquele que disse: Não adulterarás, também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém, matas, vens a ser transgressor da lei.” – Tiago 2.10,11

Observe que quem guardasse a maioria dos mandamentos, mas tropeçasse num só deles, estaria quebrando toda a Lei, até mesmo os mandamentos que havia obedecido!

Não temos o direito de escolhermos não perdoar alguém somente porque obedecemos a maioria dos mandamentos da Bíblia. Não temos o direito de negarmos o perdão a uma única pessoa somente porque já perdoamos muitas outras que nos ofenderam ao longo das nossas vidas. Muitos em nossos dias estão tentando devotar uma obediência parcial à Palavra de Deus. Não temos o direito de não dizimarmos somente porque já ofertamos! O mesmo Deus que nos ordenou que fizéssemos uma coisa também nos ordenou que fizéssemos a outra!

É hora de considerarmos melhor estas questões e consertarmos o que precisa de conserto em nossas vidas. Sonde o seu coração em oração. Medite nestes textos e princípios, e assuma uma nova postura de obediência.

O ORGULHO DA OBEDIÊNCIA

Por que praticamos esta obediência aparente e parcial? Por que não enxergamos o que fazemos de errado? Creio que muitas vezes nos orgulhamos tanto da nossa obediência que até permitimos ficar cegos para outras questões. Observe o que ocorreu com o apóstolo Pedro:

“E, no dia seguinte, indo eles seu caminho e estando já perto da cidade, subiu Pedro ao terraço para orar, quase à hora sexta. E, tendo fome, quis comer; e, enquanto lhe preparavam, sobreveio-lhe um arrebatamento de sentidos, e viu o céu aberto e que descia um vaso, como se fosse um grande lençol atado pelas quatro pontas, vindo para a terra, no qual havia de todos os animais quadrúpedes, répteis da terra e aves do céu. E foi-lhe dirigida uma voz: Levanta-te, Pedro! Mata e come. Mas Pedro disse: De modo nenhum, Senhor, porque nunca comi coisa alguma comum e imunda. E segunda vez lhe disse a voz: Não faças tu comum ao que Deus purificou. E aconteceu isto por três vezes; e o vaso tornou a recolher-se no céu.” – Atos 10.9-16

Deus deu uma visão ao apóstolo e mandou que ele matasse e comesse alguns animais. Pedro reconheceu que era o próprio Deus falando com ele, mas respondeu: “De modo nenhum, Senhor.” E a razão pela qual ele não obedeceu a essa ordem de Deus foi justamente o seu histórico de obediência ao mandamento da Lei que proibia o contato com esses animais! Até aí não é difícil entendermos a Pedro. Não sabemos se ele chegou a imaginar que talvez ele estivesse sendo testado. Entretanto, Deus lhe disse claramente para não considerar imundo o que o Senhor havia purificado. Mesmo assim, Pedro negou-se a obedecer a esta ordem mais duas vezes seguidas!

O orgulho da nossa obediência (ou da que achamos que temos) pode nos levar a agirmos cegamente e a tropeçarmos em outros princípios. Veja uma outra ilustração bíblica:

“E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.” – Lucas 18.9-14

A religiosidade é algo terrível! Eu a defino como o orgulho da obediência. Contudo, este orgulho nos cega e faz com que desobedeçamos em outras áreas. Aquele fariseu errava ao confiar em si mesmo. Errava ao desprezar os outros. E não enxergava os seus próprios tropeços!

Creio que Deus quer restaurar o nosso entendimento e a nossa prática da obediência total a Ele. Isto, porém, deve acontecer, sem que nos tornemos propensos ao orgulho! É por isso que precisamos entender que a nossa obediência ao Senhor não significa que estejamos fazendo favor algum a Ele! Estamos apenas cumprindo a nossa obrigação! Eu gostaria de concluir, chamando a sua atenção ao seguinte: Obedecer é fazer apenas o que deveria ser feito! Não somos melhores por isto, pois o próprio Jesus nos ensinou:

“E qual de vós terá um servo a lavrar ou a apascentar gado, a quem, voltando ele do campo, diga: Chega-te e assenta-te à mesa? E não lhe diga antes: Prepara-me a ceia, e cinge-te, e serve-me, até que tenha comido e bebido, e depois comerás e beberás tu? Porventura, dá graças ao tal servo, porque fez o que lhe foi mandado? Creio que não. Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer.” – Lucas 17.7-10

Que o Senhor nos ajude a vivermos em obediência total, pois esta é uma característica dos que amam a Deus:

“Porque nisto consiste o amor a Deus: em obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados.” – 1 João 5.3

Fonte G+ estudos Bíblicos

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Fidelidade

Texto: Gálatas 5.22-23
Fidelidade é uma das palavras mais usadas na Bíblia: Dt 32.4; I Co 1.9; Sl 57.10, 69.13, 89.1. É associada a Deus, porém é o atributo mais caro ao ser humano, por isso podemos dizer que fidelidade tem a ver com perseverança, persistência, disposição. É possível compreender melhor o conceito de fidelidade fazendo-se uma comparação: no atletismo existem basicamente 02 tipos de corredores - corredores de curta distância (velocistas) e corredores de longa distância (maratonistas).

Da mesma forma acontece na vida cristã: quando iniciamos nossa caminhada com Deus parece que estamos em uma corrida de 100 metros, é o momento da explosão, da velocidade, da motivação, etc. Mas no decorrer da vida cristã percebemos que se trata de uma corrida de longa distância, em que será necessário sobretudo muita resistência e perseverança.

Isso significa que, a experiência da salvação em Jesus Cristo nos coloca na pista e nos mostra o alvo, porém é a fidelidade a Jesus e ao Corpo de Cristo que nos mantêm efetivamente nesta corrida.

Sendo assim, podemos concluir então que a fidelidade é marcada por 04 qualidades: exclusividade, verdade, regularidade e persistência.

Exclusividade: Servir somente a Deus (Js 24.14-15; I Rs 18.21).

Verdade e transparência: ser fiel é ser transparente e ter compromisso com a verdade (I Sm 9.6; Sl 26.2, 139.23;Mt 5.37; Tg 5.12)

Regularidade: Crescimento constante, um investimento para toda a vida (I Ts 5.17; Fp 2.12; 2 Pe 1.3-11)

Persistência: Podemos mudar os métodos , mas não os alvos (Gn 29.21; Mt 24.13; At 2; Ap 2.3)

Fidelidade, portanto, é muito mais do que simples ato de renovação de aliança ou cumprimento de rituais doutrinários. É por isso que precisamos continuar orando para que a fidelidade, como fruto do Espírito, permaneça em nós e em nossa igreja. Então irmão/ã, persevere, não desista, continue firme em Jesus Cristo (Fp 1.6).

Edson Bertoldo Vieira/www.ejesus.com.br